quinta-feira, 24 de abril de 2014

Sobre o meu afastamento





Olá, venho pedir desculpas pelo meu afastamento.

Durante todos esses dias venho tentando um modo de escrever para vocês sobre tudo o que está acontecendo, mas não consegui. As coisas para mim não andam muito fáceis, me sinto como se estivesse em meio a uma turbulência, o que gera duvidas, incertezas, medo, dor, e saudade. 

Como vocês já sabem perdi minha avó tem cinco meses e ainda não consegui me recuperar. Ela era como mãe para mim. Sinto como se uma parte da minha vida tivesse sido arrancada junto com a dela. Mas mesmo me sentindo em pedaços venho tentando seguir, sem deixar que a vontade de parar seja maior  do que a de continuar. Porém no meio de tudo isso outro pedaço foi arrancado e ainda estou sem entender, perdi uma amiga que era como irmã, e é algo tão recente que ainda consigo ouvir a voz dela me chamando de "nem", ou oferecendo um café, me dizendo o quanto eu era especial. Ainda consigo sentir o seu ultimo abraço,o toque na pele e o seu perfume. Sinto falta de faze-la sorrir e de ver seu sorriso. Sinto falta do meu ultimo aniversário que passamos juntas, e dos finais de tarde sentadas no chão conversando sobre qualquer coisa, onde ela acendia um cigarro e abanava a fumaça com as mão para longe de mim. Sinto falta dessas pequenas coisas,  e eu sinto muito por não há ter mais aqui.

É tudo tão difícil para mim, eu ainda não me acostumei com o fato de que sempre iremos perder pessoas que amamos até o dia que alguém irá nos perder. Mas estou tentando mais uma vez me reerguer e seguir em frente, mesmo que em pedaços.

Peço desculpas a vocês por estar tão ausente.
Eu vou ficar bem.
Beijos
Que Deus abençoe Vocês.



domingo, 6 de abril de 2014

Dia 1° de Abril



Dia 1° de abril de 2014. 
Passei o dia todo esperando que tudo fosse realmente mentira, 
e que você de repente me gritasse com sua voz fina e desafinada aprontando uma das suas brincadeiras,
pois afinal esse era o seu dia. 
Acho que você aguardava ansiosa durante o ano todo, 
só planejando quais seriam as táticas para nos pegar e rir da nossa cara mais uma vez. 
Minha Rosa, a rainha do 1° de abril. 
Lembro perfeitamente como eu passava esse dia apreensiva, 
tentando não cair nas suas armadilhas, seus telefonemas inventados, 
ou visita a casa do vizinho, 
e a caminhada até o bar de um amigo levando uma galinha em baixo do braço, 
só pra eu chegar lá e ele não saber de nada e quando voltava para casa ouvia aquela sua gargalhada gostosa ao mesmo tempo que gritava, "primeiro de abril". E todos riamos juntos
Esse ano esperei, pelo seu sorriso, 
mas só encontrei a dor da sua ausência. 
E acho que vai ser sempre assim. 
Eu sinto muito, mas sem você aqui não consigo mais sorrir.
Eu preferia a frustração da mentira a conviver com essa triste verdade.



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