sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Dia de chuva



Hoje acordei e pulei nos braços da chuva.
Chuvinha manhosa, chuvinha que faz a natureza cantar em outro tom.
Os pássaros dançam e as plantas sorriem.
Mais um ciclo se inicia na vida de todos nós.
A poeira baixou, e as folhas verdes agora respiram,
e eu também posso respirar melhor, olha que magnifico!
O chão está todo molhado, há lama por todo o lado,
mas sabe o que é melhor de não viver no asfalto?
É que daqui a alguns poucos dias algumas sementes começarão a germinar,
a vida começa a ser vida de uma maneira surpreendente,
sobrevivendo ao que antes era um solo seco, iminência da morte.
A vida sobreviveu mais uma vez, porém até quando, eu não sei.
A seca está cada dia mais castigando nossas esperanças,
e apesar de saber que estamos caminhando a passos largos,
construindo nosso próprio fim, hoje eu não quis pensar sobre isso.
Hoje eu acordei, abri a janela, vi que chovia lá fora, e só quis dançar a mesma sinfonia,
sinfonia de vida, de alma lavada, de esperança renovada.
Hoje eu acordei e quis pular nos braços da chuva, e então, eu pulei.



sábado, 1 de novembro de 2014

Ainda espero por você


Eu sempre te espero, todas as manhãs, todas as noites, acho que foi um erro chegar a esse ponto e agora estou pagando por isso. A vida segue para mim, para você, e embora ela nos force a isso, eu continuo aqui te esperando . 

Tenho te sentido tão longe de mim, como aquela estrela que  vejo todas as noites, tão longe a ponto de eu não saber se o que existiu ainda vive, ou o que vejo é apenas o rastro do que um dia viveu.

Da mesma maneira que você chegou, sinto que está partindo, de maneira calma, sorrateira, inconsciente. Mas quer saber? Eu também vou me acostumar a isso, eu sempre me acostumo. Não sinta medo de seguir em frente, não por mim. Ainda estarei aqui  olhando quando sair pela porta, ainda ficarei aqui por algum tempo até que eu também resolva partir.


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