sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Dia de chuva



Hoje acordei e pulei nos braços da chuva.
Chuvinha manhosa, chuvinha que faz a natureza cantar em outro tom.
Os pássaros dançam e as plantas sorriem.
Mais um ciclo se inicia na vida de todos nós.
A poeira baixou, e as folhas verdes agora respiram,
e eu também posso respirar melhor, olha que magnifico!
O chão está todo molhado, há lama por todo o lado,
mas sabe o que é melhor de não viver no asfalto?
É que daqui a alguns poucos dias algumas sementes começarão a germinar,
a vida começa a ser vida de uma maneira surpreendente,
sobrevivendo ao que antes era um solo seco, iminência da morte.
A vida sobreviveu mais uma vez, porém até quando, eu não sei.
A seca está cada dia mais castigando nossas esperanças,
e apesar de saber que estamos caminhando a passos largos,
construindo nosso próprio fim, hoje eu não quis pensar sobre isso.
Hoje eu acordei, abri a janela, vi que chovia lá fora, e só quis dançar a mesma sinfonia,
sinfonia de vida, de alma lavada, de esperança renovada.
Hoje eu acordei e quis pular nos braços da chuva, e então, eu pulei.



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